Denúncia: PM expõe caso de negligência médica em hospital de Corrente-PI
Os responsáveis por cuidar da vida e saúde da população parecem não estar tão preocupados com isso.
Nessa quarta-feira (03/08), o policial militar Romário Santos expressou sua indignação acerca do nascimento de um filho. O caso aconteceu no Hospital Regional João Pachêco Cavalcante, localizado na cidade de Corrente-PI. O policial precisou acionar o Ministério Público do Piauí para conseguir urgência na realização do parto da companheira.
O episódio serve de alerta para que as autoridades responsáveis tomem providências, e é também um "pedido de socorro" dos pacientes que precisam da saúde pública que é tão crítica nessa região.
Confira o relato na íntegra:
"CORRENTE-PI E SUA SAÚDE, EXEMPLO DE COMO NÃO SER.
Não sei se isso vai ajudar alguém, mas achei importante mostrar um pouco da minha frustração e péssima experiência que tive com o hospital de Corrente, povo aqui é castigado e até mesmo morto pelo sistema falido e corrompido de saúde pública.
Para ser bem resumido, deixamos a mãe do Alexandre lá às 9h da manhã de segunda-feira, a bolsa estourou as 2h da madrugada de terça, seria um parto natural, mas evoluiu para uma cesárea.
O descaso começou quando o médico plantonista deixou de avisar a outro médico que faria a cirurgia que, precisariam da presença dele ali no hospital (apesar de que já era para ter um médico especialmente para isso alí de prontidão), precisei dirigir-me até o consultório do referido médico obstetra para avisá-lo que lá no hospital, havia alguém que, já estava passando da hora do parto. Ele afirmou então que não tinha recebido nenhuma ligação do hospital.
Liguei novamente para a acompanhante que avisou a equipe do hospital que, o obstetra aguardava a tal ligação, só assim então o hospital ligou.
"CORRENTE-PI E SUA SAÚDE, EXEMPLO DE COMO NÃO SER.
Não sei se isso vai ajudar alguém, mas achei importante mostrar um pouco da minha frustração e péssima experiência que tive com o hospital de Corrente, povo aqui é castigado e até mesmo morto pelo sistema falido e corrompido de saúde pública.
Para ser bem resumido, deixamos a mãe do Alexandre lá às 9h da manhã de segunda-feira, a bolsa estourou as 2h da madrugada de terça, seria um parto natural, mas evoluiu para uma cesárea.
O descaso começou quando o médico plantonista deixou de avisar a outro médico que faria a cirurgia que, precisariam da presença dele ali no hospital (apesar de que já era para ter um médico especialmente para isso alí de prontidão), precisei dirigir-me até o consultório do referido médico obstetra para avisá-lo que lá no hospital, havia alguém que, já estava passando da hora do parto. Ele afirmou então que não tinha recebido nenhuma ligação do hospital.
Liguei novamente para a acompanhante que avisou a equipe do hospital que, o obstetra aguardava a tal ligação, só assim então o hospital ligou.
O médico que faria o parto, depois de já ter sido avisado que precisariam dele lá no hospital, afirmou que só iria depois de terminar todo o atendimento (consultas) de seus pacientes, em sua clínica particular, NADA MAIS JUSTO, o problema é que entre uma EMERGÊNCIA e uma consulta, a emergência se pressupõe, e ele se colocou a disposição do município para trabalhar naquele referido dia.
Vendo então toda essa demora, pois já estava chegando às 11h da manhã, a bolsa estourou as 2h da madrugada, me dirigi até o MINISTÉRIO PÚBLICO, como um último pedido de socorro. De pronto fui atendido, uma advogada do MP foi até o hospital, exigiu da direção uma resposta imediata, e imediatamente conseguiram trazer o médico para fazer a cirurgia.
Resultado disso tudo: o bebê nasceu com a cabeça machucada, pois estava encaixado e passou muito do tempo de nascer. Graças a Deus tivemos um final feliz.
A falta de profissionalismo de alguns, a zero estrutura e o descaso ainda vai matar muita gente.
Apenas um desabafo que pode chegar a alguém que possa olhar para esse povo castigado do sul do Piauí, se não chegar, Deus vai cuidando." Finalizou o policial Romário Santos através de suas redes sociais.
Apenas um desabafo que pode chegar a alguém que possa olhar para esse povo castigado do sul do Piauí, se não chegar, Deus vai cuidando." Finalizou o policial Romário Santos através de suas redes sociais.
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